Caderno Novo
Luís Fernando Veríssimo
Uma vez , estava conversando com amigos e a conversa chegou naquele ponto em que só há duas opções : ou ir para casa dormir ou cair na bobagem . Caímos na bobagem . Afinal , é para isso que servem os amigos . Depois de nos propormos desafios do tipo : “ quem era que melhor gritava de pavor no cinema ” (a Bárbara Stanwick ganhou fácil ), chegamos a uma daquelas questões definitivas e definidoras. Qual a melhor sensação do mundo ? As respostas variaram desde “ banho quente ” até “ acordar cedo , começar a sair da cama e então lembrar que é feriado ”, passando, claro , por outras menos publicáveis . Mas aí , um amigo disse duas palavras que liquidaram a questão :
- Caderno novo .
Todos concordaram. Não foi preciso entrar em detalhes , e dizer “a sensação de abrir um caderno novo , no primeiro dia da escola , e alisar com a ponta dos dedos a página vazia , sentindo o volume de todas as páginas vazias por trás dela, aquele mundo de coisas ainda não escritas ... E o cheiro do caderno !”
Não houve um que não concordasse que nenhuma outra sensação do mundo se igualava àquela.
O caderno novo também nos provoca uma certa solenidade , lembra? Diante da limpeza , fazíamos um juramento silencioso que aquele ano seríamos alunos perfeitos . E realmente caprichávamos ao preencher o caderno novo com cuidado respeitoso . Pelo menos até a quarta página , quando então , voltávamos a ser os mesmos relaxados do ano anterior . Mesmo porque , o caderno não era mais novo .
VERÍSSIMO, Luís Fernando, “ Caderno novo ”, In: Nova Escola (27), dez ., 1988.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
HOMENAGEM À PAULO FREIRE
O Encontro em homenagem à Paulo Freire acontecerá normalmente amanhã (10/11). Confirmaram presença: Moacir Gadotti, Celso de Rui Beisegel, Stela Graciani, José Estáquio Romão, Antonio Joaquim Severino e José Xavier Cortez. Lembramos que também haverá transmissão ao vivo pela Internet.
http://90anos.paulofreire.org/participe-a-distancia
Participe a Distância
90anos.paulofreire.org
http://90anos.paulofreire.org/participe-a-distancia
Participe a Distância
90anos.paulofreire.org
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
sábado, 22 de outubro de 2011
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
terça-feira, 18 de outubro de 2011
sábado, 9 de julho de 2011
Professora Amanda Gurgel recusa prêmio do PNBE
Por que não aceitei o prêmio do PNBE
Oi,
Nesta segunda, o Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE) vai entregar o prêmio “Brasileiros de Valor 2011″. O júri me escolheu, mas, depois de analisar um pouco, decidi recusar o prêmio.
Mandei essa carta aí embaixo para a organização, agradecendo e expondo os motivos pelos quais não iria receber a premiação. Minha luta é outra.
Espero que a carta sirva para debatermos a privatização do ensino e o papel de organizações e campanhas que se dizem “amigas da escola”.
Amanda
Natal, 02 de julho de 2011
Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,
Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, “pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação”. A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país. A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.
Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald’s, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.
A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado. Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE. A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.
Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas “organizações da sociedade civil de interesse público” (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja destinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas. Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal.
Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas. Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.
Saudações,
Professora Amanda Gurgel
Disponível nos sites:
http://blogdaamanda.com.br
http://www.conversaafiada.com.br
Oi,
Nesta segunda, o Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE) vai entregar o prêmio “Brasileiros de Valor 2011″. O júri me escolheu, mas, depois de analisar um pouco, decidi recusar o prêmio.
Mandei essa carta aí embaixo para a organização, agradecendo e expondo os motivos pelos quais não iria receber a premiação. Minha luta é outra.
Espero que a carta sirva para debatermos a privatização do ensino e o papel de organizações e campanhas que se dizem “amigas da escola”.
Amanda
Natal, 02 de julho de 2011
Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,
Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, “pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação”. A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país. A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.
Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald’s, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.
A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado. Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE. A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.
Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas “organizações da sociedade civil de interesse público” (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja destinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas. Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal.
Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas. Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.
Saudações,
Professora Amanda Gurgel
Disponível nos sites:
http://blogdaamanda.com.br
http://www.conversaafiada.com.br
sábado, 11 de junho de 2011
sábado, 28 de maio de 2011
PARTICIPE
2ª MOSTRA ITINERANTE DE FOTOGRAFIAS EM DIREITOS HUMANOS - 2011
Nesta edição, de âmbito nacional, estamos recebendo fotografias
alusivas à Declaração Universal do Direitos Humanos, caracterizando:
a) uma situação que demonstre o esforço para a efetivação de um dos
direitos humanos; b) ou uma situação de violação de um destes
direitos.
Qualquer pessoa indistintamente poderá fazer inscrição, enviando as
fotos, on line, até dia até 07 DE AGOSTO DE 2011.
O Regulamento e a Ficha de Inscrição estão em anexo e no site do
OEDH-Unesp
OEDH - OBSERVATÓRIO DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS / Unesp
Av Eng Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 14-01 - Vargem Limpa
CEP 17.033-360 - Bauru-SP
Tels. (14) 3103 6172 / 9761 4100
http://www.oedh.unesp.br / oedh@unesp.br
Universidade Estadual Paulista - UNESP/Bauru
Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação - FAAC
Nesta edição, de âmbito nacional, estamos recebendo fotografias
alusivas à Declaração Universal do Direitos Humanos, caracterizando:
a) uma situação que demonstre o esforço para a efetivação de um dos
direitos humanos; b) ou uma situação de violação de um destes
direitos.
Qualquer pessoa indistintamente poderá fazer inscrição, enviando as
fotos, on line, até dia até 07 DE AGOSTO DE 2011.
O Regulamento e a Ficha de Inscrição estão em anexo e no site do
OEDH-Unesp
OEDH - OBSERVATÓRIO DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS / Unesp
Av Eng Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 14-01 - Vargem Limpa
CEP 17.033-360 - Bauru-SP
Tels. (14) 3103 6172 / 9761 4100
http://www.oedh.unesp.br / oedh@unesp.br
Universidade Estadual Paulista - UNESP/Bauru
Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação - FAAC
EVENTO
X COLÓQUIO DE EPISTEMOLOGIA DA USJT
TEXTO E HISTÓRIA A PARTIR DE PAUL RICOEUR
USJT – Auditório da Reitoria
30 de maio a 01 de junho de 2011
TEXTO E HISTÓRIA A PARTIR DE PAUL RICOEUR
USJT – Auditório da Reitoria
30 de maio a 01 de junho de 2011
quinta-feira, 12 de maio de 2011
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Biblioteca Mario de Andrade
Biblioteca Mário de Andrade
Programação - Auditório
MAIO 2011
10/05 - terça-feira às 19h
Militão Augusto de Azevedo e a cidade de São Paulo
Palestra de Íris Morais Araújo
Debatedora: Solange Ferraz de Lima
Baseado em Militão Augusto de Azevedo: fotografia, história e antropologia, a autora do livro, a antropóloga Íris Morais Araújo, além de analisar as fotos produzidas por Militão Augusto de Azevedo, notório fotógrafo da cidade de São Paulo durante a segunda metade do século XIX, discute a relação entre fotógrafo e fotografia, na qual se revela a ambivalência de Militão diante das transformações que ocorriam em São Paulo. Participação da historiadora Solange Ferraz de Lima, do Museu Paulista, como debatedora.
Apoio cultural:
Íris Morais Araújo. É bacharel em Ciências Sociais e mestre em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo, onde desenvolve sua pesquisa de doutorado.
Solange Ferraz de Lima. É mestre e doutora em História Social pela Universidade de São Paulo e docente do Museu Paulista da USP onde desenvolve a curadoria de acervos visuais.
Ciclo Literatura, Vestibular e algo mais
O Ciclo "Literatura, vestibular e algo mais" pretende estimular a frequência à Biblioteca Mário de Andrade e o gosto pela leitura a partir da discussão de obras indicadas para os exames vestibulares e outros títulos relevantes de autores brasileiros e portugueses. O Ciclo consiste de encontros semanais com palestras e intervenções artísticas, em que serão apresentados não só os conteúdos de cada obra como também a relação dos diferentes textos literários com aspectos históricos e socioculturais de nossa realidade.
14/05 - sábado - 15h às 17h30
Gil Vicente - Auto da barca do inferno
Palestra de Alexandre Huady
Doutor em Letras pela Universidade de São Paulo (2007), com mestrado em Comunicação e Letras pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2001) e graduação em Letras pela Universidade de São Paulo (1998). Atualmente é Professor do Centro de Comunicação e Letras, onde coordena o Curso de Letras (Licenciatura Bacharelado) da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Ministra aulas de Literatura, Redação, Metodologia e Fotografia.
Intervenção artística: Grupo Ria
Fundado em 1994 pelo ator e diretor José Paulo Rosa, o Grupo Ria desenvolve pesquisas sobre as literaturas brasileira e portuguesa e cria adaptações teatrais com o objetivo de tornar as obras literárias em representações da realidade de cada época. Com um elenco de 30 atores, encenam obras dos mais importantes autores como Machado de Assis, Gil Vicente, Fernando Pessoa, Graciliano Ramos, entre outros.
21/05 - sábado - 15h às 17h30
José de Alencar - Iracema
Palestra de Cilaine Alves Cunha
Doutora em Letras pela Universidade de São Paulo (2000), com mestrado em Literatura pela mesma instituição. Atualmente é professora de literatura brasileira na Universidade de São Paulo é autora do livro "O Belo e o Disforme, Álvares de Azevedo e a ironia romântica". Atua principalmente nos seguintes temas: nacionalismo, literatura brasileira, romantismo, história literária, romantismo brasileiro, Machado de Assis e naturalismo.
Intervenção artística: Companhia da Fulô
Criada em 2010 pelos atores Janaína Silva, Marcos Reis, Renata Vendramin e Thiago Fernandes de Freitas, a Companhia da Fulô utiliza a linguagem da narrativa, da música e do corpo para compor cenas que buscam a simplicidade e a integração do narrador, ouvinte, sonoridades e movimentação no espaço criando a história no instante presente. A Cia já realizou apresentações em bibliotecas municipais de São Paulo e na Livraria da Vila.
28/05 - sábado - 15h às 17h30
Manuel Antonio de Almeida - Memórias de um sargento de milícias
Palestra de Edu Teruki Otsuka
Doutor em Literatura Brasileiras pela Universidade de São Paulo (2005), com mestrado em Teoria Literária e Literatura Comparada pela mesma instituição (2000). Atulamente é professor do Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.
Intervenção artística: Núcleo de Pesquisa Teatral Santa Víscera.
Formado pelo pesquisador Marco Antonio Barreto e pelas atrizes e pesquisadoras Graciane Pires e Lara de Bittencourt, o Santa Víscera tem sua formação no Curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de Santa Maria - RS. Remanescentes de outras companhias, seus integrantes dispõem de uma vasta trajetória em atuação, direção e investigações teatrais.
16/05 - segunda-feira às 19h
Blaise Cendrars e a tentação da partida
Palestra de Claude Leroy
Exposição Blaise Cendrars (1887-1961)
Em homenagem aos cinquenta anos da morte do autor, serão expostos livros e documentos de Blaise Cendrars existentes no acervo da Biblioteca Mário de Andrade, com destaque para o livro "La Prose du Transiberien et de la petite Jehanne de France", carta a Paulo Prado (1932) e exemplares com dedicatórias ao amigo Paulo Prado.
O que foi levar uma vida de aventuras para Blaise Cendrars (1887-1961)? Mais do que a paixão por viagens foi a tentação da partida que o impulsionou. Desde a invenção de seu pseudônimo em 1912, o poeta do Transiberiano misturou sonho e realidade para construir-se uma lenda e fazer dela seu abrigo.
Para que viajar, para que escrever, senão para renascer? A diversidade de seus livros, assim como seu entusiasmo pela pintura, pelo cinema, pela publicidade ou mesmo sua paixão pelo Brasil, sua « Utopialândia », descoberta por ele em 1924, revelam um criador em contínuo movimento. Com o prazer da ruptura, e a paixão da estreia, ele se relança a cada vez, como um gesto mítico. (Claude Leroy)
Claude Leroy é professor emérito da Universidade Paris Ouest Nanterre La Défense, onde dirigiu o Centre des Sciences de la Littérature Française. É especialista em Blaise Cendrars. Publicou La Main de Cendrars (Septentrion, 1996) e Dans l'atelier de Cendrars (Champion, 2011), coordenou a edição crítica das obras completas do autor (Denoël, coleção « Tout autour d'aujourd'hui », 15 vol., 2001-2006) e, atualmente, coordena a equipe que prepara a edição Cendrars para a « Bibliothèque de la Pléiade ».
CARLOS AUGUSTO CALIL é Secretário Municipal de Cultura de São Paulo desde abril de 2005. É professor do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da ECA/USP, desde 1987, onde ministra cursos de História do Audiovisual Brasileiro e de Legislação e Mercado Audiovisual. É autor de ensaios e editor de publicações sobre cinema, iconografia, teatro, história e literatura, dedicados a autores como Blaise Cendrars, Alexandre Eulalio, Paulo Emílio Sales Gomes, Glauber Rocha. Em 2009, foi condecorado pelo Consulado da França no Brasil com a insígnia de Comandante da Ordem das Artes e Letras.
Apoio Cultural:
25/05 - Quarta-Feira às 19h00
Mesa redonda
Contos preferidos de Mário de Andrade
O livro Mário de Andrade - seus contos preferidos, organizado pelo escritor Luiz Ruffato, é uma coletânea de 23 contos selecionados pelo escritor modernista, que em 1941, a pedido da Revista Acadêmica - dirigida por Murilo Miranda, Moacyr Werneck de Castro e Carlos Lacerda, respondeu, junto a outros escritores, "Quais os dez melhores contos brasileiros?"
Diante da seleção feita por Mário de Andrade, o escritor Luiz Ruffato identifica a oportunidade de reflexão sobre as escolhas estéticas de um dos mais importantes pensadores da cultura brasileira.
A escolha dos contos e a importância dos mesmos para a compreensão da literatura brasileira serão discutidas pelo organizador do livro, o escritor Luiz Ruffato e pela crítica literária, Marisa Lajolo.
Apoio Cultural:
Luiz Ruffato
Escritor, autor de, entre outros, "Eles eram muitos cavalos" (publicado também na Itália, França, Argentina e Portugal), "Estive em Lisboa e lembrei de você" (lançado em Portugal e Itália e no prelo na Argentina). Tem histórias publicadas na França, Espanha, Portugal, Itália, Polônia, Suécia, Estados Unidos, Argentina, Uruguai, México e Angola.
Marisa Lajolo. Professora de literatura da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Unicamp , é leitora antiga de Mário de Andrade e de outros contistas. Organizou várias antologias ( a mais recente, " Crônicas para ler na escola", de José Roberto Torero, ed. Objetiva) recebeu o Prêmio Jabuti 2009 pela organização de " Monteiro Lobato livro a livro ( obra infantil Ed. Unesp/IMESP)"
Semanalmente a Biblioteca Mário de Andrade disponibiliza as listas dos livros recentemente adquiridos e já disponíveis no catálogo online. Confira em nosso site algumas das obras recém adquiridas e nos faça uma visita!
Equipe Circulante
Biblioteca Mário de Andrade - Circulante - SMC/PMSP
Av. São Luis, 235 - Centro
São Paulo / SP - CEP 01046-001
Fone: (11) 3256-5270
circbma@prefeitura.sp.gov.br
www.bma.sp.gov.br
Programação - Auditório
MAIO 2011
10/05 - terça-feira às 19h
Militão Augusto de Azevedo e a cidade de São Paulo
Palestra de Íris Morais Araújo
Debatedora: Solange Ferraz de Lima
Baseado em Militão Augusto de Azevedo: fotografia, história e antropologia, a autora do livro, a antropóloga Íris Morais Araújo, além de analisar as fotos produzidas por Militão Augusto de Azevedo, notório fotógrafo da cidade de São Paulo durante a segunda metade do século XIX, discute a relação entre fotógrafo e fotografia, na qual se revela a ambivalência de Militão diante das transformações que ocorriam em São Paulo. Participação da historiadora Solange Ferraz de Lima, do Museu Paulista, como debatedora.
Apoio cultural:
Íris Morais Araújo. É bacharel em Ciências Sociais e mestre em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo, onde desenvolve sua pesquisa de doutorado.
Solange Ferraz de Lima. É mestre e doutora em História Social pela Universidade de São Paulo e docente do Museu Paulista da USP onde desenvolve a curadoria de acervos visuais.
Ciclo Literatura, Vestibular e algo mais
O Ciclo "Literatura, vestibular e algo mais" pretende estimular a frequência à Biblioteca Mário de Andrade e o gosto pela leitura a partir da discussão de obras indicadas para os exames vestibulares e outros títulos relevantes de autores brasileiros e portugueses. O Ciclo consiste de encontros semanais com palestras e intervenções artísticas, em que serão apresentados não só os conteúdos de cada obra como também a relação dos diferentes textos literários com aspectos históricos e socioculturais de nossa realidade.
14/05 - sábado - 15h às 17h30
Gil Vicente - Auto da barca do inferno
Palestra de Alexandre Huady
Doutor em Letras pela Universidade de São Paulo (2007), com mestrado em Comunicação e Letras pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2001) e graduação em Letras pela Universidade de São Paulo (1998). Atualmente é Professor do Centro de Comunicação e Letras, onde coordena o Curso de Letras (Licenciatura Bacharelado) da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Ministra aulas de Literatura, Redação, Metodologia e Fotografia.
Intervenção artística: Grupo Ria
Fundado em 1994 pelo ator e diretor José Paulo Rosa, o Grupo Ria desenvolve pesquisas sobre as literaturas brasileira e portuguesa e cria adaptações teatrais com o objetivo de tornar as obras literárias em representações da realidade de cada época. Com um elenco de 30 atores, encenam obras dos mais importantes autores como Machado de Assis, Gil Vicente, Fernando Pessoa, Graciliano Ramos, entre outros.
21/05 - sábado - 15h às 17h30
José de Alencar - Iracema
Palestra de Cilaine Alves Cunha
Doutora em Letras pela Universidade de São Paulo (2000), com mestrado em Literatura pela mesma instituição. Atualmente é professora de literatura brasileira na Universidade de São Paulo é autora do livro "O Belo e o Disforme, Álvares de Azevedo e a ironia romântica". Atua principalmente nos seguintes temas: nacionalismo, literatura brasileira, romantismo, história literária, romantismo brasileiro, Machado de Assis e naturalismo.
Intervenção artística: Companhia da Fulô
Criada em 2010 pelos atores Janaína Silva, Marcos Reis, Renata Vendramin e Thiago Fernandes de Freitas, a Companhia da Fulô utiliza a linguagem da narrativa, da música e do corpo para compor cenas que buscam a simplicidade e a integração do narrador, ouvinte, sonoridades e movimentação no espaço criando a história no instante presente. A Cia já realizou apresentações em bibliotecas municipais de São Paulo e na Livraria da Vila.
28/05 - sábado - 15h às 17h30
Manuel Antonio de Almeida - Memórias de um sargento de milícias
Palestra de Edu Teruki Otsuka
Doutor em Literatura Brasileiras pela Universidade de São Paulo (2005), com mestrado em Teoria Literária e Literatura Comparada pela mesma instituição (2000). Atulamente é professor do Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.
Intervenção artística: Núcleo de Pesquisa Teatral Santa Víscera.
Formado pelo pesquisador Marco Antonio Barreto e pelas atrizes e pesquisadoras Graciane Pires e Lara de Bittencourt, o Santa Víscera tem sua formação no Curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de Santa Maria - RS. Remanescentes de outras companhias, seus integrantes dispõem de uma vasta trajetória em atuação, direção e investigações teatrais.
16/05 - segunda-feira às 19h
Blaise Cendrars e a tentação da partida
Palestra de Claude Leroy
Exposição Blaise Cendrars (1887-1961)
Em homenagem aos cinquenta anos da morte do autor, serão expostos livros e documentos de Blaise Cendrars existentes no acervo da Biblioteca Mário de Andrade, com destaque para o livro "La Prose du Transiberien et de la petite Jehanne de France", carta a Paulo Prado (1932) e exemplares com dedicatórias ao amigo Paulo Prado.
O que foi levar uma vida de aventuras para Blaise Cendrars (1887-1961)? Mais do que a paixão por viagens foi a tentação da partida que o impulsionou. Desde a invenção de seu pseudônimo em 1912, o poeta do Transiberiano misturou sonho e realidade para construir-se uma lenda e fazer dela seu abrigo.
Para que viajar, para que escrever, senão para renascer? A diversidade de seus livros, assim como seu entusiasmo pela pintura, pelo cinema, pela publicidade ou mesmo sua paixão pelo Brasil, sua « Utopialândia », descoberta por ele em 1924, revelam um criador em contínuo movimento. Com o prazer da ruptura, e a paixão da estreia, ele se relança a cada vez, como um gesto mítico. (Claude Leroy)
Claude Leroy é professor emérito da Universidade Paris Ouest Nanterre La Défense, onde dirigiu o Centre des Sciences de la Littérature Française. É especialista em Blaise Cendrars. Publicou La Main de Cendrars (Septentrion, 1996) e Dans l'atelier de Cendrars (Champion, 2011), coordenou a edição crítica das obras completas do autor (Denoël, coleção « Tout autour d'aujourd'hui », 15 vol., 2001-2006) e, atualmente, coordena a equipe que prepara a edição Cendrars para a « Bibliothèque de la Pléiade ».
CARLOS AUGUSTO CALIL é Secretário Municipal de Cultura de São Paulo desde abril de 2005. É professor do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da ECA/USP, desde 1987, onde ministra cursos de História do Audiovisual Brasileiro e de Legislação e Mercado Audiovisual. É autor de ensaios e editor de publicações sobre cinema, iconografia, teatro, história e literatura, dedicados a autores como Blaise Cendrars, Alexandre Eulalio, Paulo Emílio Sales Gomes, Glauber Rocha. Em 2009, foi condecorado pelo Consulado da França no Brasil com a insígnia de Comandante da Ordem das Artes e Letras.
Apoio Cultural:
25/05 - Quarta-Feira às 19h00
Mesa redonda
Contos preferidos de Mário de Andrade
O livro Mário de Andrade - seus contos preferidos, organizado pelo escritor Luiz Ruffato, é uma coletânea de 23 contos selecionados pelo escritor modernista, que em 1941, a pedido da Revista Acadêmica - dirigida por Murilo Miranda, Moacyr Werneck de Castro e Carlos Lacerda, respondeu, junto a outros escritores, "Quais os dez melhores contos brasileiros?"
Diante da seleção feita por Mário de Andrade, o escritor Luiz Ruffato identifica a oportunidade de reflexão sobre as escolhas estéticas de um dos mais importantes pensadores da cultura brasileira.
A escolha dos contos e a importância dos mesmos para a compreensão da literatura brasileira serão discutidas pelo organizador do livro, o escritor Luiz Ruffato e pela crítica literária, Marisa Lajolo.
Apoio Cultural:
Luiz Ruffato
Escritor, autor de, entre outros, "Eles eram muitos cavalos" (publicado também na Itália, França, Argentina e Portugal), "Estive em Lisboa e lembrei de você" (lançado em Portugal e Itália e no prelo na Argentina). Tem histórias publicadas na França, Espanha, Portugal, Itália, Polônia, Suécia, Estados Unidos, Argentina, Uruguai, México e Angola.
Marisa Lajolo. Professora de literatura da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Unicamp , é leitora antiga de Mário de Andrade e de outros contistas. Organizou várias antologias ( a mais recente, " Crônicas para ler na escola", de José Roberto Torero, ed. Objetiva) recebeu o Prêmio Jabuti 2009 pela organização de " Monteiro Lobato livro a livro ( obra infantil Ed. Unesp/IMESP)"
Semanalmente a Biblioteca Mário de Andrade disponibiliza as listas dos livros recentemente adquiridos e já disponíveis no catálogo online. Confira em nosso site algumas das obras recém adquiridas e nos faça uma visita!
Equipe Circulante
Biblioteca Mário de Andrade - Circulante - SMC/PMSP
Av. São Luis, 235 - Centro
São Paulo / SP - CEP 01046-001
Fone: (11) 3256-5270
circbma@prefeitura.sp.gov.br
www.bma.sp.gov.br
quarta-feira, 4 de maio de 2011
EVENTO
Colóquio Internacional Fronteiras e diversidades culturais no século XXI
Os deslocamentos humanos na era da globalização e as transformações culturais e territoriais são temas da pauta no mundo contemporâneo e serão debatidos no Colóquio Internacional “Fronteiras e diversidades culturais no século XXI: Desafios para o reconhecimento no estado global”, de 01 a 03 de junho de 2011 no auditório do CFCH da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O evento é uma parceria entre o programa EICOS/ Cátedra UNESCO de Desenvolvimento Durável da UFRJ e a Pós-Graduação em Psicologia Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Os debatedores convidados são pesquisadores do Brasil, França, Estados Unidos, Canadá, Índia, Angola.
Inscrições prévias pelo site: http://colloquiumfronteiras.wordpress.com/
Não há taxas de inscrição
Contactos e informações:
Marie Louise event_2011@i-gaia.org ; Vanessa Campos vanessapmcampos@gmail.com
Os deslocamentos humanos na era da globalização e as transformações culturais e territoriais são temas da pauta no mundo contemporâneo e serão debatidos no Colóquio Internacional “Fronteiras e diversidades culturais no século XXI: Desafios para o reconhecimento no estado global”, de 01 a 03 de junho de 2011 no auditório do CFCH da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O evento é uma parceria entre o programa EICOS/ Cátedra UNESCO de Desenvolvimento Durável da UFRJ e a Pós-Graduação em Psicologia Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Os debatedores convidados são pesquisadores do Brasil, França, Estados Unidos, Canadá, Índia, Angola.
Inscrições prévias pelo site: http://colloquiumfronteiras.wordpress.com/
Não há taxas de inscrição
Contactos e informações:
Marie Louise event_2011@i-gaia.org ; Vanessa Campos vanessapmcampos@gmail.com
quinta-feira, 14 de abril de 2011
sábado, 9 de abril de 2011
SUPER DICA
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ResultadoPesquisaObraForm.do?first=50&skip=0&ds_titulo=&co_autor=&no_autor=&co_categoria=132&pagina=1&select_action=Submit&co_midia=2&co_obra=&co_idioma=&colunaOrdenar=DS_TITULO&ordem=null
DICA
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ResultadoPesquisaObraForm.do?first=50&skip=0&ds_titulo=&co_autor=&no_autor=&co_categoria=134&pagina=1&select_action=Submit&co_midia=2&co_obra=&co_idioma=&colunaOrdenar=DS_TITULO&ordem=null
Material disponível no site do MEC
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ResultadoPesquisaObraForm.do?first=50&skip=0&ds_titulo=&co_autor=&no_autor=&co_categoria=133&pagina=1&select_action=Submit&co_midia=2&co_obra=&co_idioma=&colunaOrdenar=DS_TITULO&ordem=null
sexta-feira, 18 de março de 2011
sábado, 26 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
MAIS UM ANO!!!!!
Saudações!!!
Vamos começar mais um ano de muito estudo e trabalho.
Estou animada!!!
vamos que vamos!!!
bjss
Vamos começar mais um ano de muito estudo e trabalho.
Estou animada!!!
vamos que vamos!!!
bjss
EVENTO
Liberdade para brincar e construir o conhecimento: uma perspectiva curricular construtivista para a Educação Infantil
de 19 a 21/05/2011
Palestrantes:
Rheta Devries
e Christina Sales
(Universidade de Northern Iowa)
Local: Centro de Convenções da Unicamp
Vagas Limitadas!
http://www.fe.unicamp.br/brincarconstruir/
de 19 a 21/05/2011
Palestrantes:
Rheta Devries
e Christina Sales
(Universidade de Northern Iowa)
Local: Centro de Convenções da Unicamp
Vagas Limitadas!
http://www.fe.unicamp.br/brincarconstruir/
Assinar:
Postagens (Atom)